A História do Tempo: Como Chegou ao Pulso

8/08/2020by Philipp Mayrhofer
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Às 7 horas o despertador toca, às 8:30 horas vamos para o escritório e às 19 horas para o treino de futebol – nossa rotina diária é bem cronometrada. Mas como chegamos a essa hora que determina nosso dia a dia? E como ela chegou ao nosso pulso? A seguir, você descobrirá desde quando sabemos "que horas" são e como mantemos o tempo sempre à vista.

Compromissos de antigamente e hoje

Hoje em dia, convidar amigos ou familiares para um jantar é fácil. Você informa um horário e, assim que tudo está pronto, os convidados já estão à porta. Mas como isso funcionava antes da invenção dos relógios? Naquela época, as pessoas se orientavam por eventos externos, como a posição do sol, ou combinavam "ao crepúsculo" ou "ao canto do galo". Dependendo da interpretação dessa formulação, o jantar poderia ainda não estar pronto ou já estar frio – ou o compromisso poderia já ter sido esquecido. Não se levava tão a sério.

O tempo tem sua origem no mosteiro

Os babilônios já dividiam o dia e a noite em doze partes, mas os horários exatos existem há pouco tempo. A divisão rigorosa do dia vem dos mosteiros, onde o toque das horas determinava o ritmo de trabalho e oração dos monges e freiras. Isso foi eventualmente adotado pelas cidades, onde o toque dos sinos públicos, por exemplo, sinalizava a abertura e fechamento dos portões da cidade, enquanto os sinos da igreja anunciavam a missa. A duração das horas era baseada em relógios de vela, água ou sol e variava de acordo com o local e a estação do ano. O relógio de sol foi inventado há cerca de 5.000 anos pelos antigos egípcios. Ele é circular, com várias divisões temporais. No entanto, a medição do tempo só era possível durante o dia, com luz solar. Independente da hora do dia, o relógio de água, assim como a ampulheta que o seguiu e o chamado relógio de rodas a partir do século 14. O relógio de rodas já continha os primeiros elementos básicos que ainda hoje encontramos em relógios mecânicos: tinha um escapamento, um precursor não tão preciso do escapamento que usamos hoje.

O surgimento de um horário preciso

O desenvolvimento de um tempo exato começou apenas no século 14. Naquela época, mecanismos de relógios e sinos mecânicos da Itália começaram a se espalhar por toda a Europa. Assim, qualquer cidadão poderia saber que horas eram, até quando poderia trabalhar ou quando deveria sair para um compromisso. Os relógios mecânicos inicialmente apresentavam desvios de 15 minutos por dia. No entanto, ao longo das décadas seguintes, tornaram-se cada vez mais precisos. Contudo, o horário variava de cidade para cidade, de modo que cada local representava praticamente um fuso horário próprio. Não havia um horário correto. Por mais incrível que isso possa parecer hoje, essas diferenças raramente causavam problemas. Como a mudança de uma cidade para outra só era possível por longas viagens, a diferença de tempo raramente era relevante.

A economia exige uniformidade

Isso mudou no século 18, quando o clamor por um horário sincronizado aumentou devido ao comércio e ao tráfego crescentes. Especialmente para os correios, um horário universal era essencial para garantir a entrega das correspondências conforme combinado. As fábricas da era industrial marcaram, em última análise, a despedida das contagens de tempo vagas. O tempo tornou-se um recurso econômico e relógios públicos com exibição precisa de minutos e segundos se espalharam. Um horário uniforme e vinculativo existe na Alemanha apenas desde 1893. Isso foi possibilitado pela ferrovia, cujos horários precisavam ser determinados com precisão de minutos. A sincronização em todo o país tornou-se, portanto, essencial, e assim foi estabelecido o marco para o mundo moderno com cronometragem exata, como conhecemos hoje.

O tempo sempre à mão

A invenção do relógio de pulso foi, sem dúvida, extremamente útil para estar sempre informado sobre a hora e cumprir compromissos importantes. Hoje em dia, ele está naturalmente no pulso, mas na verdade, o medidor de tempo para o braço existe há apenas cerca de 200 anos. Nesse período, ele também passou por um desenvolvimento notável. Depois que o tempo se tornou tão significativo, os relógios de bolso começaram a aparecer no mercado. Eles eram inicialmente fabricados por ferreiros, pois não havia relojoeiros. Os novos medidores de tempo eram bastante grandes e geralmente presos a correntes ou fitas. Os homens os carregavam em seus bolsos, enquanto as mulheres os usavam em seus pescoços. No início, como eram itens de luxo caros, estavam acessíveis apenas à nobreza, e o cidadão comum ainda precisava se orientar pelos sinos da cidade e outros sinais.

 Do bolso para a mão

Quando, no século 15, o escapamento e a mola espiral foram inventados, também se tornou possível construir relógios mais precisos e reduzir o tamanho da caixa. Em 1812, Abraham-Louis Breguet, a pedido da rainha Caroline Murat, irmã de Napoleão, produziu o primeiro relógio de pulso conhecido. No entanto, esse novo tipo de relógio levou um tempo para ser aceito pela sociedade. Somente no final do século 19, muitas mulheres já optavam pelo relógio de pulso. Os homens, por sua vez, ainda preferiam os relógios de bolso, pois o relógio de pulso era considerado "feminino" – mas também deveria ser a forma de relógio do futuro. Eventualmente, os homens perceberam que era um tanto inconveniente ter que tirar o relógio do bolso toda vez para ver as horas. Realizar uma atividade com as duas mãos tornava isso uma tarefa difícil, senão impossível. Por isso, Louis Cartier desenhou em 1904 o Cartier Santos, o primeiro relógio de pulso para homens. Ele é nomeado em homenagem ao seu amigo, o ícone da aviação Alberto Santos Dumont, que não tinha como se informar sobre a hora enquanto voava. Assim, nasceu também o primeiro medidor de tempo da popular categoria de relógios de piloto. Santos ainda é uma coleção central e extremamente popular da Cartier. O primeiro relógio de pulso alemão foi um "Darling" da Thiel, lançado em 1912 na cidade de Ruhla, na Turíngia.

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Über den Autor

Autores | Philipp Mayrhofer

Autores | Philipp Mayrhofer

Pierre cresceu em uma pequena aldeia perto de Lörrach, próximo à fronteira suíça. Sua paixão foi despertada quando, aos 15 anos, visitou a oficina de um relojoeiro e viu como engrenagens delicadas ganhavam vida.

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