A vida em rosa - A notável história por trás da Tudor
Desde 1926, a famosa marca suíça de relógios Tudor já está no mercado de relógios. Originalmente, o fundador Hans Wilsdorf introduziu a marca como a "irmã mais nova" da Rolex, que ele havia criado 15 anos antes. No entanto, não se tratava de uma simples questão de tédio, mas de uma ideia genial: a Tudor deveria cobrir um público-alvo completamente diferente com sua linha de produtos mais acessíveis. A alternativa à "marca da coroa" deveria oferecer relógios mais baratos, mas com a mesma qualidade elevada, representando assim uma opção adequada para iniciantes no mundo dos relógios de luxo – um verdadeiro desafio. Mas Wilsdorf se arriscou e teve um sucesso invejável. Ele deve isso, entre outras coisas, à sua estratégia especial: o profissional de marketing esperou 20 anos após o registro da marca até finalmente apresentar a Tudor ao grande público com uma linha de produtos perfeitamente elaborada e uma estratégia publicitária bem pensada. E isso em uma época em que o marketing, como o conhecemos hoje, ainda não existia! Assim, Wilsdorf foi um pioneiro nesse campo, reconhecendo cedo como a apresentação correta da marca é essencial para o sucesso de uma empresa.


Um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial, os primeiros modelos da Tudor foram apresentados, que, assim como os da Rolex, apresentavam um design esportivo e alta robustez. No entanto, os relógios de pulso Tudor utilizavam movimentos de fornecedores para economizar custos e, assim, possibilitar um preço mais baixo. Graças à terceirização, a Tudor consegue manter a diferença de preço e ainda oferecer uma qualidade excelente. Até hoje, a empresa colabora com a ETA, um dos melhores produtores de movimentos suíços. A Tudor rapidamente se fez um nome na indústria de relógios como a "Rolex para o homem comum" com seus cronômetros robustos e confiáveis, e essa reputação se manteve ao longo dos anos – os produtos ainda são celebrados por fãs em todo o mundo quase um século depois. Especialmente os modelos vintage, que possuem caixas e pulseiras da Rolex, continuam a ser extremamente populares. No entanto, a clara distinção em relação à "mãe" foi também um passo importante para a Tudor: através de campanhas publicitárias impactantes nas décadas de 50 e 60, que mostravam os relógios em trabalhadores de rua e de montanha, a Tudor conseguiu se destacar da Rolex e de sua imagem de luxo.

Para o nome da empresa, Wilsdorf se inspirou na dinastia galesa homônima. A dinastia Tudor é especialmente conhecida pelo rei Henrique VIII, que se opôs à Igreja Católica, se autoproclamou chefe da igreja e se casou seis vezes. Dois de seus escolhidos foram executados, como é bem conhecido. Durante os reinados de seus filhos, houve repetidos conflitos de poder e revoluções. Os Tudors, portanto, representam poder, inflexibilidade e mudança, o que a Tudor idealmente representa. A rosa, símbolo da famosa família real, logo se tornou o logotipo da marca.
Irmã mais nova, grande aparição
Com o tempo, essa imagem da Tudor se perdeu um pouco e a marca começou a se orientar novamente mais para "mamãe". No entanto, com a mudança de liderança, houve uma nova reflexão e a empresa voltou a se concentrar na ideia central original e independente. A Tudor reconheceu o valor dessa singularidade e, no final, permaneceu nesse caminho. Com a coleção Heritage, a marca conseguiu um recomeço ao olhar para o passado: o renascimento dos populares modelos vintage das décadas de 50 e 60 trouxe a notável história da marca para o centro das atenções e a trouxe de volta ao seu caminho pessoal. O sucesso desses modelos foi tão enorme que uma onda inteira de reinterpretações vintage de outras marcas se seguiu. Cada um dos modelos Tudor possui um caráter único. Até hoje, essas edições vintage, assim como suas versões originais, são altamente cobiçadas entre colecionadores. Não é de se admirar que, há algum tempo, o valor de exemplares bem conservados esteja em constante ascensão!

Desde a reorientação, a Tudor mantém seu próprio estilo sem estar à sombra da Rolex. Os relógios são conhecidos há muito tempo por sua alta qualidade e resistência, mas também por suas soluções inovadoras em design e tecnologia. Com essas características, a Tudor conseguiu se fazer um nome mundialmente e se afirmar a longo prazo no competitivo mercado de cronômetros. Em 1996, a marca celebrou seu 50º aniversário e marcou esse triunfo de uma maneira muito especial: as conexões que até então apareciam nos relógios com a Rolex foram completamente eliminadas das caixas, coroas e pulseiras. Em 2009, a Tudor deu mais um grande passo em direção à independência e projetou uma nova coleção com foco no automobilismo. Até 2011, a marca colaborou com a Porsche como "parceiro de cronometragem" em objetivos esportivos. Com isso, a Tudor fisgou um grande peixe e o sucesso foi garantido desde o início. A colaboração também representou idealmente a nova orientação. A marca já tinha uma identidade própria antes – mas agora o "cordão umbilical" estava completamente cortado e o filho da Rolex estava totalmente crescido.

Em eterna flor – o sucesso da Tudor continua
Desde 2013, a Tudor é o cronometrista oficial do Campeonato Mundial de Endurance (WEC), uma desafiadora série de corridas de longa distância. Os objetivos esportivos da competição e os valores da empresa têm um denominador comum, pois tanto nos cronômetros precisos quanto nos carros rápidos, o que conta é desempenho, confiabilidade e paixão. Através da colaboração, a Tudor enfatiza novamente a estreita conexão com o mundo automobilístico. A alta importância da técnica e do estilo, que sempre estiveram no foco das coleções, pode ser vista claramente nos próprios modelos: as linhas claras e o design esportivo dos relógios não deixam dúvidas. Em 2015, a Tudor apresentou na Baselworld uma nova grande novidade: a empresa apresentou pela primeira vez um movimento desenvolvido internamente. O MT 5621 é um movimento automático com parada de segundos para o ajuste de tempo mais preciso e com uma reserva de marcha de até 70 horas. Aqui, mais uma vez, não se economizou em inovação e qualidade. O MT 5621 incorpora o forte espírito pioneiro da marca, que ao longo dos anos até cresceu ainda mais. Hans Wilsdorf já havia dado um segundo tiro certeiro com a Tudor há muito tempo, e a marca ainda hoje representa desempenho e robustez. A Tudor ressoa com diversos públicos e muitos famosos também são fãs. Estamos ansiosos para ver com o que a marca ainda nos surpreenderá – após os últimos anos, as expectativas são, naturalmente, altas. Mas estamos confiantes de que a Tudor não nos decepcionará no futuro.

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